O debate entre os candidatos à presidência estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) em Mato Grosso do Sul, realizado na última sexta-feira (6) em Ponta Porã, terminou em frustração. Com o plenário da Câmara Municipal praticamente vazio, o encontro entre Humberto Amaducci e o deputado federal Vander Loubet foi marcado por críticas e insatisfação, principalmente por parte de Amaducci, que viajou cerca de 300 quilômetros para participar do evento.
“Achei um desrespeito. O esforço para estar aqui foi grande e isso não é certo”, teria dito Amaducci, que lidera a corrente Articulação de Esquerda no partido e defende uma mudança de rumos na sigla. Ele critica o distanciamento do PT das pautas sociais e populares, especialmente após o apoio à eleição do governador Eduardo Riedel (PSDB) no segundo turno de 2022.
Já Vander Loubet é visto como mais próximo do centro político, o que, segundo críticos, enfraquece a atuação do partido em temas históricos como movimentos sociais e diversidade.
Militantes relataram à imprensa que houve falha da direção local em mobilizar a base para o evento. “Nem o vereador Edinho Quintana apareceu”, disse um petista local, referindo-se ao único representante do partido na Câmara Municipal, o que levantou rumores de descontentamento interno.
Curiosamente, o movimento de filiados aumentou apenas após as 19h, quando foi lançada a candidatura à presidência do diretório municipal de um nome alinhado ao grupo de Vander Loubet e do atual presidente do PT em Ponta Porã. “Foi tudo armado para o lançamento de campanha, não para debate. O debate foi só fachada”, acusou um militante.
A disputa pelo comando estadual e municipal do PT em Ponta Porã evidencia divisões internas, além de dificuldades de articulação e mobilização num momento estratégico para o partido, que se prepara para as eleições de 2026.
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